sexta-feira, 16 de março de 2012

Dia 14 de março é considerado o dia da Poesia.
O site EDUCAR PARA CRESCER esta com um Concurso cultural em homenagem a poesia. Vale a dica: incentive seus alunos a participarem, será um belo motivo para faze-los produzir com um propósito e um sentido.



Saiba como participar: http://educarparacrescer.abril.com.br/fabrica-de-poesia/


No site você ainda pode descobrir qual a poesia combina com você. Eu participei e aqui esta o meu resultado:



Poesia com olhar feminino

Sua alma é feminina e maternal. Você vê algo de encantador mesmo no mais trivial dos acontecimentos, e esse seu delicado otimismo contagia a todos ao seu redor. As crianças de sua vida adoram ouvir suas histórias e considerações sobre os mais triviais dos acontecimentos. Mesmo na tragédia e na melancolia você consegue mostrar a elas a beleza da vida.

Leia mais:
Poesia infantil: diga sim!
Poemas para crianças podem ser lúdicos, lindos e ainda deixar os pequenos mais sensíveis à leitura do mundo, como defende o Prof. Hélder Pinheiro

Você combina com:
1. "O último andar", de Cecília Meireles
2. "Colégio", de Henriqueta Lisboa

1. O último andar (Cecília Meireles)

No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.

O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.

Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.

Quando faz luz, no terraço
fica todo o luar.
É lá que eu quero morar.

Os passarinhos lá se escondem,
para ninguém os maltratar:
no último andar.

De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:

no último andar.

MEIRELES, Cecília. O último andar. In: Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 35.

2. Colégio (Henriqueta Lisboa)

Dois a dois
dois a dois.

E a fila
serpentina
escorrega
nas escadas
estica-se
nos corredores
projeta-se
nos pátios.

Só o rumor
Tranquilo
dos passos
ritmados.

Do assoalho
batido
como um tambor
sobe poeira
para as narinas
dóceis.

Dois a dois
dois a dois.

A fila parece um barco
elástico
movido por inúmeros
remos.

LISBOA, Henriqueta. Colégio. In: O menino poeta – obra completa. São Paulo: Peirópolis, 2008. p. 72.

pequeno príncipe

Foto: Caca Bratke; artesã: Tânia Pontes Alonso


Poesia educativa

Se é possível brincar e se educar ao mesmo tempo, por que excluir um do outro, não é mesmo? Você sempre encontra (ou cria!) brinquedos e brincadeiras que ensinem seus filhos, sobrinhos e alunos a ler melhor, contar melhor, conhecer países, animais e frutas e assim por diante. E, o mais legal de tudo isso, é que eles se divertem e pedem bis. Na poesia, fique de olho em trocadilhos e onomatopeias, ou em textos que ensinem um determinado conteúdo, como letras e números.


Você combina com:
1. "O eco", de Cecília Meireles
2. "As letras", de Lalau
3. "Hora de dormir", de Cláudio Thebas

1. O eco (Cecília Meireles)
O menino pergunta ao eco
onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: “Onde? Onde?”

O menino também lhe pede:
“Eco, vem passear comigo!”

Mas não sabe se o eco é amigo
ou inimigo.

Pois só lhe ouve dizer:
“Migo.”

MEIRELES, Cecília. O eco. In: Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 93.


2. (de L a O)

ONDE A LETRA L
DESCOBRIU O LOBO-GUARÁ?
NA COR LARANJA
OU NA LUZ DO LUAR?

A LETRA M
SEMEOU MACAQUICE.
E BROTOU MICO-LEÃO
NA MATA.

A PAIXÃO PELO MAR
FEZ A LETRA N
TRANSFORMAR-SE NUM PEIXE:
O NAMORADO!

OS BICHOS GRITARAM:
- OLHA A ONÇA!
E A LETRA O INVENTOU
A SURPRESA: OHHHH!!!

LALAU E LAURABEATRZ. As letras [DE L A O]. Barueri: Amarilys/Manole, 2009.

3. Hora de dormir (Cláudio Thebas)

Na hora de dormir,
eu sou que nem a luz do quarto:
fico brincando, não canso, brincando...
A luz brilhando, no alto, brilhando...
Aí...
meu pai me chama,
me leva pra cama,
me faz um afago.
Clic,
ele apaga a luz.
E clic,
eu também apago.

THEBAS, Cláudio. Hora de dormir. In: Amigos do peito. São Paulo: Formato, 2005. p. 28.